19 de março de 2010

A união perfeita é o matrimônio? Sim, enquanto dura

A tempos atrás, uma vez que todos se casavam, o casamento era a estabilidade do lar, da família, garantindo a respeitabilidade, a ajuda que necessitavam, uma garantia de uma velhice serena. Não eram permitidas outras formas de erotismo, a figura do chefe de família era respeitada. O casamento era indissolúvel e, portanto, até a morte. Hoje, tudo mudou. A sociedade oferece a independência individual e econômica para cada um fazer sua escolha à educação, emprego, segurança, saúde e principalmente ao parceiro. Um grande exemplo é que os jovens, hoje, já na adolescência possuem suas relações amorosas e eróticas criando uma imagem de independência, liberdade de escolha e de acesso fácil, ocasionando posteriormente, trocas de parceiros com maior freqüência.
Normalmente se casam quando pensam em ter filhos ou quando é conveniente do ponto de vista econômico, mas também o nascimento dos filhos, não os impedem de divórcio ou de separação e então de ter um novo relacionamento. O casamento está se tornando seqüencialmente: um cônjuge a cada tempo, por períodos. E nos intervalos das relações voltam a experimentar a vida de solteiro. De fato, o casamento e a convivência duram até que os dois parceiros estão bem juntos. Alguns enquanto sentem um amor apaixonado, se entendem, se gostem eroticamente, são sinceros, leais e fiéis para que possam ter uma relação pacífica. Mas quando passa a existir ‘rachaduras’ no relacionamento amoroso, mais cedo ou mais tarde, o casal se separa, às vezes, de forma ruim, odiosa, venenosa.
Por este motivo, é importante a sociedade sempre estar discutindo a vida familiar. Muitos erros são por causas supérfluas, por ignorância. Pois o amor é muito frágil e sensível, onde basta uma diferença no modo de pensar, uma diferença no comportamento erótico, tentar impor um próprio ponto de vista ou preferência para que o parceiro(a) fique descontente e comecem a competir entre si. No entanto, também existem casos de amor forte e apaixonado que duram décadas. Qual é o seu segredo? Talvez, no fundo, há uma afinidade misteriosa da alma com o corpo, mas também a tolerância, a capacidade de falar, compreender, para dizer o que eles gostam e não gostam, com sinceridade, com franqueza, com respeito.
Mas nem todos podem alcançar este amor total que, por outro lado, também pode acabar um dia. Agora, se a estabilidade do casamento depende tanto do amor, podemos questionar então: apesar de não tocar em tudo o casamento tradicional, não é apropriado considerar outras formas de direito ou de contratos de casamento que permitem soluções mais articuladas e adaptadas às diferentes circunstâncias do nosso tempo? Pois nos tempos de hoje, a vaidade e o dinheiro tem sido motivos constantes de separações e de individualismo.