26 de maio de 2010

Vaidade, pequeno vício provocante

Já ouvimos e vimos histórias de artistas famosos que costumam exagerar com algum tipo de ‘mania’, desde o vestuário, carros, jóias, e tantas outras. Mas nem sempre toda esta extrapolação é o suficiente, tudo isto para ser apreciado, admirado, venerado. Vaidade no dicionário significa: "Desejo imoderado de chamar atenção, ou de receber elogios. Idéia exageradamente positiva que alguém faz de si próprio; presunção, fatuidade, gaba. Coisa vã, fútil; futilidade. Alarde, ostentação, vanglória”. A palavra "fatuidade" indica um exame de incoerência, de superficialidade, comportamento tolo. Mas como distinguir a vaidade de atitudes auto-justificáveis? Certa vez, assisti a um filme que contava a história de Mozart. No filme, Ele era absolutamente seguro de sua genialidade e ficava feliz e satisfeito quando alguém o elogiava. Para os músicos da corte de Viena, no entanto, o jovem Mozart tinha pouco valor e o julgavam como um vaidoso. E a história girava em torno de uma auto-afirmação e dos ciúmes e inveja que provocava.
A pessoa invejosa sempre se confronta com alguém que ele se considera superior. Identifica-se com ele, toma-o como modelo, procura superá-lo, procura sucedê-lo, mas ao fim falha. Derrotado, fica mal e torce para que o outro erre também, mas se isso não acontece, o ciúme aumenta ainda mais. Então começa a espalhar conversas desvalorizando seu suposto adversário, tentando convencer os outros de suas fantasias que não existe, denegrindo e dificultando o avanço para tentar destruí-lo. Mas ao fazê-lo, em muitos casos, obscuramente sente-se enganado, porque o vaidoso tem esta capacidade de enganar até a si mesmo. Não tem senso crítico, é convencido de ser superior, congratula-se com o seu valor, orgulha-se. Outros vêem as suas limitações, mas ao contrário do invejoso, o vaidoso, em sua maioria procura não difamar, denegrir, por julgá-la uma atitude perigosa.
Comparado com inveja, que é um mau, a vaidade para muitos pode ser considerada uma luz, um vício ligeiro que faz as pessoas sorrirem. Mas só se não for combinado com o poder! Por que, então, torna-se a vontade de impor a sua superioridade sobre todos. Lenin, Stalin, Hitler, Mussolini, Fidel Castro, Mao Tse Dong, e tantos outros ditadores exterminaram seus rivais e colocaram seus retratos por todo o país para que todos lembrassem a cada momento quem era o todo poderoso. Se a sociedade se preocupasse mais em somar em prol do bem comum, talvez pudéssemos diminuir o índice destes dois pecados capital e estreitar as diferenças entre os povos e suas classes, dando valor a aquilo que realmente tem valor real e humano.

11 de maio de 2010

A nova posição do líder

Ao longo da história, partidos políticos, igrejas, clubes de futebol, sindicatos, são todos nascidos a partir de movimentos coletivos que criam solidariedade, ideais e liderança carismática. O movimento torna-se então uma instituição que cria regras para manter sua organização, pois um sistema só funciona se houver aliados fortes e direcionados ao bem comum. Em ano de eleição e de copa do mundo, estes movimentos tornam-se mais acalorados e disputados. Pense que a classe política procura, sempre em anos eleitorais, adequar seus ideais às necessidades da população. O que não acontece, por exemplo, com o técnico da seleção que tem que adequar suas necessidades aos ideais do torcedor. Poderíamos dizer então que enquanto o povo pensa com o espírito de que ‘temos que aproveitar o bom momento’, o líder pensa como aquela famosa frase: ‘em time que está ganhando não se mexe’.
Tudo isso combinado revela a postura que nem sempre é seguida à regra pelas lideranças, tornando-se, em certos momentos, uma situação confusa e difícil de controlar. Mas os tempos estão mudando para os menos favorecidos e os menos desavisados, com a inclusão digital e os meios de comunicação mais acessíveis, a população consegue obter em um espaço curto de tempo respostas às dúvidas mais freqüentes, e, emitir sua opinião e debater seu ponto de vista, fragilizando e intimidando os incapazes de tomar decisões críticas e os maus intencionados. Claro, esse comportamento é apenas uma visão de que, nas entrelinhas, atitudes assim possam resolver parte dos problemas, onde a população e seus líderes passem a agir de forma eficiente e adequada, diminuindo a desordem e criando uma nova ‘onda’ a partir da qual surjam novos líderes e movimentos carismáticos, fortalecidos e empenhados a praticarem a justiça.