26 de novembro de 2009

O vilão, o medroso e o inovador

O medroso treme diante das dificuldades, e a amplia. Mesmo quando começa uma nova aventura, como viajar, ficar noivo ou a compra de um apartamento, repensa tudo cheio de dúvidas. A viagem é, talvez, muito perigosa, os pais deixados para trás se sentem solitários, no caso do compromisso do noivado pode vir a dúvida de não estar mais certo do seu amor ou de sua amada. Então treme, sua frio, decide não partir, procura tranqüilidade, cancela compromissos. Uma pessoa pobre, espiritualmente falando, que prejudica apenas a si mesmo.
O vilão, entretanto, é um assustador cheio de dúvidas que, primeiramente decide uma coisa e depois faz outra, produzindo um dano àqueles que estão a contar com ele e confiar na sua palavra. Em uma guerra, os voluntários e alguns comandantes, que participam de uma ação delicada, obtém a confiança de seus companheiros, que contam com a sua coragem e, em seguida, quando o ato de guerra está em curso, é tomado por medo, pára, se esconde, e por sua culpa, seus companheiros são massacrados. Ele não é medroso; ele é um covarde, um vilão. Eu fiz um exemplo de guerra, mas você sabe que estas coisas acontecem na vida comum.
Inovadores são particularmente expostos a este perigo, porque fazem parte de uma minoria de pessoas que têm a coragem de falar, de escrever o que pensa e o que acredita! Já os vilões fazem isso em privado, porque em público eles têm medo de acusações, condenações, julgamentos, críticas. Por isso que o resultado final quase sempre é de pessoas que não têm a coragem de manter a palavra dada! O faz normalmente por oportunismo: assim que vê um perigo ou um benefício, muda de idéia. Mas há também aqueles que não são capazes de manter a promessa porque são moralmente fracos, porque são vilões. Por isso, escolha bem quem está ao seu redor, estude tudo sobre esta pessoa a quem você deverá confiar, procure ser mais íntimo. Escolher bem diminui a chances de você ter medo do que encarar na vida e te dará mais confiança no sucesso da relação.

18 de novembro de 2009

Amizade e amor, confianças diferentes

Como é bom encontrar um amigo de verdade, quando você está sozinho, quando você está chateado, quando você toma uma decisão. Vê-lo vindo a nosso encontro todo sorridente e dar um abraço já nos traz tranqüilidade. Com ele poderá ser honesto, dizer o que quiser, sem medo, sem vergonha, sabendo que você sabe quem está do seu lado e se precisar de alguma coisa, ele vai te compreender por si mesmo. Seu amigo não irá lhe fazer perguntas que são incômodas, não dirá nada que possa aborrecê-lo. Você pode falar ou calar a boca, parar ou ir embora. Mesmo que estejam afastados há muito tempo um do outro, você não o encherá de perguntas para saber onde esteve e o que fez.
Na amizade o tempo é como se não houvesse. Quando amigos se encontram é como se repreendesse o fio da conversa interrompida, mesmo após anos. Falará sobre o que te preocupa e ele te escutará, sem fazer nenhum esforço. A amizade é antes de tudo, relaxar, descansar. Muito diferente do amor, da paixão amorosa! Os namorados são tão fascinados e obcecados pelo passado dos outros que, mesmo depois de uma breve separação, eles querem saber tudo que o outro fez, pensou. Especulam sobre o mistério que os une. A amizade, porém, ajuda-nos a nós mesmos a tornarmos diferentes. Com o amigo você fala do passado, do futuro, e não discute a amizade. A amizade é um dado, não um problema. O melhor amigo é o que você confia, que revela seus segredos, sem te trair.
Amor, em vez disso, é sempre o risco de o homem ou a mulher que você gosta te dizer não, mudar de idéia, recusar-se diante de um fato. Crianças e adolescentes muitas vezes são ciumentas, porque o amigo é um companheiro da sua vida quotidiana. Já quando ficam adultos não se comportam assim, porque o amor passa a ter significado de posse, conquista. São amantes, porque querem ser amados de forma exclusiva e sofrem quando se separam porque têm absoluta necessidade de contato com o corpo amado, enquanto o seu amigo sabe de toda a sua vida, seus amores, enfim. Então os amigos podem sair quando quiser, ir onde quiser, com quem ele quiser, ficar longe sem que você não sofra. O importante é que se recorde, que te queira bem, e que abra os braços quando você chamar. Amizade é afeto, é amor; mas do amor tem apenas o componente moral e espiritual.

12 de novembro de 2009

Arrisque no amor!

Há décadas atrás a sexualidade era uma manifestação escondida, proibida. Nos dias de hoje não é tão assim, prova disso é que atualmente há garotas que chegam aos trinta anos e que tiveram experiências em que suas mães não poderiam sequer imaginar na juventude delas, mas que, por não terem encontrado o homem certo ou por inibição, ainda não experimentaram um grande amor. Hoje em dia, há cada vez menos romances em novelas e filmes que têm em seu núcleo um verdadeiro grande amor, uma grande paixão. É como se houvesse uma inversão da relação, sexo e amor, onde são mais difundidos o erotismo e o sexo sem amor. E essa divulgação interfere de forma direta nas relações de alguns seguidores.
Antigamente, a sexualidade era perigosa, pois trazia o risco da maternidade indesejada, mas que com o tempo foi controlada e reprimida. Hoje em dia é mais arriscado, pois você se entrega a um amor que pode te causar muito sofrimento, pelo risco de contágio de uma doença letal como a AIDS e até mesmo o envolvimento mortal com as drogas. Especialmente porque a sexualidade é livre e a lealdade não é mais considerada uma virtude e um dever essencial. Isso tudo porque em torno de nós existe um mundo de insegurança e incertezas.
Uma vez separado do amor, o sexo se torna fácil enquanto o amor se torna difícil e é substituído, em sua maioria, por estimulantes artificiais como busca de excitação e por ambientes promíscuos, impulsionados em sua maioria por drogas. Parece que estamos encaminhando para o desaparecimento da exclusividade, onde algumas pessoas procuram por meios artificiais para ligar e desligar o amor. Pessoalmente, acredito que todas elas são formas que empobrece a nossa humanidade. Para muitos o amor é um risco, mas quem não corre este risco não vive.

5 de novembro de 2009

Com a mente aberta se vence o preconceito

Quem tem a mente aberta? Quem te escuta, quem fala com você, quem entende você. Quem vem para você e olha em seus olhos, sorrindo. Quem está interessado nos outros, em suas vidas, problemas e maneira de pensar. Quem enriquece a sua experiência. Vivemos em grupos separados. As crianças estão com crianças, adolescentes entre eles e assim por diante para todas as faixas etárias, grupos sociais, minorias étnicas, ambiente de trabalho. Em todas estas são formadas barreiras de silêncio e indiferença dos preconceitos. Nós assimilamos os preconceitos do nosso grupo social, político e cultural falando só entre nós, lendo os mesmos jornais e assistindo os programas de TV que gostamos. E quando encontramos alguém que é odiado pelo grupo sentimos uma sensação imediata de antipatia. Uma razão que muitas vezes não praticamos hábitos diferentes dentro da nossa cotidianidade é o fato seguirmos cegamente as instruções do nosso rebanho.
No entanto, às vezes, nos livramos desta escravidão do preconceito, por um instante a mente se abre, criamos coragem de falar com uma pessoa que não faz parte do meio que vivemos, assistir a um programa que antes descartaríamos e então descobrimos que é interessante, divertido. Então se abre diante de nós uma perspectiva de que nunca teria pensado. Apenas aqueles que possuem uma mente aberta capaz de julgar objetivamente. É assustador ter um professor com uma mente fechada. Ele não te entende e aprova apenas o que corresponde ao que ele pensa, premia os mais conformistas e condena os inovadores. Imagine então encontrar um juiz que já te condenou antes de vê-lo! Quando penso no dano causado por uma mente fechada eu vejo os efeitos da ideologia fanática como nos campos de extermínio na Alemanha e nos ataques de kamikazes suicidas no meio da multidão. Porque a mente fechada não é apenas obtusa, é também é maquiavélica.
Em cada ser humano há sempre algo que podemos descobrir e explorar. Um professor com uma mente aberta quando examina seus alunos e vê seus defeitos, seus erros, mas também sempre encontra qualidades positivas, o potencial a ser desenvolvido. Por tudo isso, às vezes, eu penso que a abertura da mente é, em essência, o amor e a energia vital para nossa existência.