19 de fevereiro de 2010

Receita contra a recessão: inovar

A recessão econômica se manifesta antes de tudo como uma crise de fantasias, de imaginação, criatividade, um fechamento restrito onde não se corre nenhum risco, nem mesmo meter-se a pensar um pouco mais. Se não se pode agir, na verdade, param de projetar e depois param também de imaginar, sonhar. É o oposto do que acontece nas fases de expansão. Após a segunda guerra mundial, houve um grande desenvolvimento econômico, porque todos sonhavam com um mundo novo. A criatividade não foi só econômica, mas em todos os campos. Na ciência, podemos citar a descoberta do DNA, a teoria da informação, a teoria do caos. No cinema, cineastas como Steven Spielberg, Hitchcock e atores como Marlon Brando e Sophia Loren. Temos também os grandes pensadores, entre os tantos Levy Strauss.
Na atualidade, recessão é uma palavra que causa temor, cautela, tão somente não fazer coisas novas, mas estar com medo do novo. Portanto, há grandes empresários, grandes escritores, grandes pensadores que, eventualmente, não são reconhecidos. O público recebe produtos de má qualidade e se acostumam com o medíocre, com o ruim. Os veículos de comunicação têm grande parcela de culpa, pois são eles que entram em nossas casas diariamente trazendo as noticias que são editadas da forma e maneira que mais convém aos interesses da mídia. E assim produzem programas de má qualidade, camuflando a real situação do cotidiano mundial, onde um copia do outro e no final acabam produzindo as mesmices de sempre. E na falta do novo ficamos estagnados em notícias incompletas. Audiência hoje é mostrar as bizarrices do mundo, isso sim dá ibope.
E em todo esse giro de informação e especulação, poucos governantes estão preocupados com o fechamento de fábricas, com o fracasso das pequenas empresas e o pesadelo do desemprego. Mas como adequar a informação correta à realidade do mundo atual? Primeiro de tudo, valorizando as idéias e os intelectuais. Não vamos renovar o gosto dos maus espetáculos, dos maus livros, maus filmes e músicas, e principalmente, da má informação. O mundo é belo porque possui uma bio-cultura diversificada, por isso, aproveitemos ao máximo toda essa riqueza para abrirmos as mentes e enriquecer cada vez mais o nosso intelecto. Estudar, trabalhar, inventar um emprego, uma nova atividade. Vamos fazer tudo aquilo que sempre quisemos, mas que porém renunciamos antes mesmo de começar, por timidez ou medo. Vamos nos abrir mais, criar algo novo para o mundo que vivemos.