14 de janeiro de 2010

A batalha sem fim entre construtores e predadores

No decorrer da história, sempre existiram os construtores e os predadores. Eram construtores, os agricultores que preparavam a terra, plantavam e faziam a colheita, ajudando assim no crescimento populacional e na formação das cidades. E também existiam os predadores nômades, erradicados da terra, que atacavam as plantações e roubavam tudo aquilo que havia sido construído. Já os construtores são radicados na terra, amam a sociedade rica e bela a que fazem parte. Eles construíam obras de arte que exprimiam os próprios ideais religiosos, estéticos e morais. Pensamos às estupendas catedrais Medievais, aos palácios e mercados do Renascimento. São maravilhas que vão ao-de-lá da utilidade exagerada, mas, porém criadas para serem eternas, porque constituíam a objetivação dos valores fundamentais e o espírito da comunidade na época. Para os predadores estas coisas não tinham sentido algum. Saqueavam palácios, incendiavam templos e destruíam estátuas. Entanto, ainda hoje existem construtores e predadores. Olhamos para a África, onde em muitos países o poder esta nas mãos de homens armados que as mantêm apontadas contra a população. Seus ‘lideres’ vivem na riqueza, metendo o dinheiro do povo em bancas européias, agindo como invasores estrangeiros, como nômades nas próprias terras. Já em um contexto mundial vemos os predadores que fazem parte da política e do mercado financeiro que hoje agravam ainda mais a crise no planeta. Sito, por exemplo, a população chinesa que estão invadindo e conquistando cada vez mais o mundo com seus produtos e hábitos, e, os sheiks do mundo árabe que especulam e controlam o mercado pretolífero. Por décadas, os colonizadores portugueses defenderam nosso território dos piratas holandeses e franceses (apesar de estes terem, no início, comportado como predadores). Por séculos, nos confins do império romano as legiões de soldados fizeram barreiras contra a invasão dos bárbaros. Mas não iludíamos ainda, porque esta luta continuará sempre. Porque no mundo sempre existirá invasores e predadores que ameaçarão a sociedade. E cada nação sobreviverá somente se encontrar a solidariedade e a coragem de defender as suas atividades, sua cultura e seu povo com seus valores. Porque essas coisas não podem estar à venda jamais.