5 de novembro de 2009

Com a mente aberta se vence o preconceito

Quem tem a mente aberta? Quem te escuta, quem fala com você, quem entende você. Quem vem para você e olha em seus olhos, sorrindo. Quem está interessado nos outros, em suas vidas, problemas e maneira de pensar. Quem enriquece a sua experiência. Vivemos em grupos separados. As crianças estão com crianças, adolescentes entre eles e assim por diante para todas as faixas etárias, grupos sociais, minorias étnicas, ambiente de trabalho. Em todas estas são formadas barreiras de silêncio e indiferença dos preconceitos. Nós assimilamos os preconceitos do nosso grupo social, político e cultural falando só entre nós, lendo os mesmos jornais e assistindo os programas de TV que gostamos. E quando encontramos alguém que é odiado pelo grupo sentimos uma sensação imediata de antipatia. Uma razão que muitas vezes não praticamos hábitos diferentes dentro da nossa cotidianidade é o fato seguirmos cegamente as instruções do nosso rebanho.
No entanto, às vezes, nos livramos desta escravidão do preconceito, por um instante a mente se abre, criamos coragem de falar com uma pessoa que não faz parte do meio que vivemos, assistir a um programa que antes descartaríamos e então descobrimos que é interessante, divertido. Então se abre diante de nós uma perspectiva de que nunca teria pensado. Apenas aqueles que possuem uma mente aberta capaz de julgar objetivamente. É assustador ter um professor com uma mente fechada. Ele não te entende e aprova apenas o que corresponde ao que ele pensa, premia os mais conformistas e condena os inovadores. Imagine então encontrar um juiz que já te condenou antes de vê-lo! Quando penso no dano causado por uma mente fechada eu vejo os efeitos da ideologia fanática como nos campos de extermínio na Alemanha e nos ataques de kamikazes suicidas no meio da multidão. Porque a mente fechada não é apenas obtusa, é também é maquiavélica.
Em cada ser humano há sempre algo que podemos descobrir e explorar. Um professor com uma mente aberta quando examina seus alunos e vê seus defeitos, seus erros, mas também sempre encontra qualidades positivas, o potencial a ser desenvolvido. Por tudo isso, às vezes, eu penso que a abertura da mente é, em essência, o amor e a energia vital para nossa existência.