26 de outubro de 2009

Se quiser obter a excelência, não se poupe

Para os gregos a excelência era a virtude mais importante. Qualquer pessoa no seu ramo de atividade ou na sua arte, deveria se dar ao máximo para chegar à perfeição. A paneleira fabrica a panela perfeita, o escultor a mais bela escultura, o navegante conduz seu barco com perícia, o poeta trágico escreve a mais sublime tragédia. E para todos esses, e muitos outros, o período mais belo foi o da pesquisa, quando através do esforço, sentiram nascer alguma coisa em que mesmo, a um certo momento, se impressionaram ao admirar. Hoje, porém, o estímulo à excelência vem impedido por uma pedagogia que procura a facilidade, a mediocridade e a improvisação. Com essa metodologia a juventude não possui informação sistemática, e com isso não consegue concentrar e argumentar suas reivindicações de uma escola mais rigorosa que possa ser contrastada. Com banalidade e mediocridade a sociedade não desenvolve e o indivíduo se deteriora.
A excelência se obtém somente se, cada vez mais, fizermos melhor do que anteriormente, desenvolvendo assim a própria criatividade. Podemos exemplificar através de uma pessoa que já da adolescência trabalha e se dedica muito a seu desenvolvimento social, esse, quando atinge a idade adulta, desenvolve a capacidade de julgar tudo que para ela mesma tem valor ou não.
Assim como o bom arquiteto apenas com um olhar consegue ver a desarmonia de um projeto, um cientista renomado identifica com facilidade a contradição de uma tese, o grande músico percebe o erro de uma única nota. E nós precisamos de gente desse gênero em todos os campos que compõem a sociedade. E principalmente de governantes e dirigentes à altura dos difíceis tempos que vivemos. Mas tudo começa de nós mesmos, da nossa motivação, criatividade e empenho para realizarmos a excelência.